Entidades e personalidades ligadas à arquitetura e à preservação endereçaram uma carta ao presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira (União Brasil), demonstrando apoio para que o vereador Nabil Bonduki (PT) assuma uma cadeira no Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental).
O Legislativo tem o direito de indicar um representante para órgão, e a vaga está em aberto desde quando Rodrigo Goulart (PSD) se licenciou do cargo de vereador para assumir a Secretaria Desenvolvimento Econômico e Trabalho na gestão Ricardo Nunes (MDB).
No documento encaminhado a Teixeira e demais vereadores, nomes como Lilia Schwarcz (historiadora e antropóloga), Clóvis Carvalho (ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do presidente Fernando Henrique Cardoso), Luiz Fernando de Almeida (ex-presidente do Iphan) e João Sette Whitaker Ferreira (diretor da FAU-USP), entre outros, pedem a indicação de Nabil.
Ao todo, são mais de 2.000 assinaturas em favor do petista.
Arquiteto e urbanista, o vereador também atua como professor universitário desde a década de 1980, lecionando matérias de história urbana e planejamento e já foi secretário de Cultura na capital.
“Há algumas gestões, a Câmara Municipal tem indicado ao Conpresp vereadores sem conhecimento específico na área, enfraquecendo a relevância desta cadeira nas reuniões do Conselho”, afirma Nabil, que também participou da elaboração dos Planos Diretores em 2002 e 2014.
Apesar do lobby, o petista enfrenta forte concorrência. Aliados do prefeito, vereadores do União Brasil, do PL e do MDB travam queda de braço na Câmara pela indicação.
O cargo no Conpresp, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, não é remunerado. Mesmo assim, é cobiçado porque, entre outras funções, é quem pode deliberar sobre tombamento de imóveis e definir sua área de entorno.
Vereadores do União entendem que a indicação é uma prerrogativa do presidente da Casa, Ricardo Teixeira, que é filiado ao partido. A bancada do União caminha para apoiar Guilherme Abreu (Podemos).
Enquanto o PL tenta emplacar o nome de Sandra Tadeu. Já a cúpula do MDB articula para viabilizar o nome do vereador Paulo Frange e diz que desconhece qualquer carta-branca ao União.
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