Mara desiste do Senado para ajudar Kassab a ser governador – 04/06/2025 – Painel

A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) disse ao Painel que deverá concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2026 como estratégia para ajudar Gilberto Kassab, presidente da sigla, a se viabilizar como candidato a governador.

A decisão de trocar o Senado pelo Legislativo paulista foi tomada em acordo com Kassab.

“A minha candidatura à Alesp faz parte de um projeto político bem maior e articulado pelo PSD. É o de ampliar a força do partido em São Paulo e ajudar o Kassab a ser governador. Isso se o Tarcísio [de Freitas] concorrer à Presidência”, diz Mara.

“Se o Tarcísio não sair para presidente, vamos trabalhar para o Kassab ser o vice. O PSD conquistou 207 prefeituras, e eu sempre fui uma senadora municipalista, atendendo a demandas na saúde, educação, segurança pública voltada às mulheres”, prosseguiu.

Eleita para o Senado com 6,5 milhões de votos em 2018, Mara acredita que poderá ser puxadora de votos na Alesp, onde o PSD reúne apenas quatro deputados estaduais hoje.

“Temos uma quadro quantitativo e qualitativo de prefeitos, agora precisamos ampliar o número de deputados estaduais para dar esse respaldo”, afirma Mara.

“Fui secretária municipal, vereadora, deputada e sempre quis legislar pelo Brasil. No Congresso contribuí para estruturar vários temas. Estou mais experiente e, para São Paulo, será bacana ter uma candidata mulher, tetraplégica e que passou por todos esses lugares com a marreta na mão.”

Esta será a primeira vez que Mara concorrerá à Alesp. Em sua decisão, ela também ponderou duas situações: a corrida acirrada ao Senado em 2026, com fortes candidatos bolsonaristas, e a rotina de viagens até Brasília.

“O cenário é de proponentes mais agressivos e extremistas, com chance de uma campanha ainda mais pesada. Essa polarização não bota comida no prato de quem precisa, tudo fica em segundo plano”, diz a senadora.

“Eu preciso ganhar um prêmio, estou há 16 anos pegando avião quase toda semana. Tenho que chegar mais cedo e sou a última a sair do voo, a cadeira sempre chega quebrada e fica torta em Brasília. Não acredito que consegui fazer tudo isso.”

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