Estava tudo muito bem, estava tudo muito bom.
Neymar recebido com pompa e circunstância num dia, estreia aceitável na Vila noutro, e chegou o dia de enfrentar o Novorizontino fora, sob calor árabe, mas em estádio não climatizado.
O frustrante 0 a 0 só foi menor do que a atuação de Neymar, sem influir nem contribuir para o desempenho do Santos.
Na quarta-feira, Itaquera e a Fiel o esperam. Quem sabe?
Enquanto isso, em Minas, Gabigol acabou expulso em 30 minutos do clássico entre Galo e Cruzeiro…
TEIMOSIA DE ZUBELDÍA
O torcedor do São Paulo dormiu de sábado para domingo irritado.
Menos pela derrota para o Bragantino por 1 a 0, com os anfitriões sem um jogador durante todo o segundo tempo. Derrotas nesta fase do Paulistinha são normais, ainda mais porque o tricolor jogou com reservas na primeira hora da partida.
Mas o torcedor se irritou exatamente por ter ele poupado titulares sem escalar a joia do momento no Morumbi, o menino Ryan Francisco, que bem poderia ser chamado só de Ryan.
Custa satisfazer a torcida? Ou estamos diante de quem quer mostrar autoridade, “quem manda aqui sou eu”?
Muitos são-paulinos acham que Zubeldía zurrava estultícia em vez de poder.
Até mesmo a derrota, com o garoto em campo, seria mais bem aceita.
Principalmente porque foi Ryan, melhor jogador e artilheiro da Copinha São Paulo, entrando e marcando, no fim do jogo, quem deu ao time a única vitória até aqui como visitante em quatro prélios –problema tricolor já antigo de ir mal fora de casa.
Os três pontos que ficaram em Bragança, diante de equipe em luta para fugir do rebaixamento, podem ter significado a impossibilidade de ser o líder da classificação geral —e a perda do privilégio de jogar no Morumbi a eventual decisão do campeonato.
A má exibição no Nabizão, assim como havia acontecido na Vila Belmiro, mostrou a fragilidade do elenco, fruto da escolha em investir alto na vinda de Oscar, mas talvez seja cedo para conclusões.
O que ficou óbvio foi a rebeldia infantil do treinador argentino, que, como Ryan, precisa amadurecer.
Ryan tem 18 anos; Luis Zubeldía tem 44.
QUE FASE!
Jogava com misto forte o milionário Manchester City, em péssimo momento, contra o humilde Leyton Orient, clube da terceira divisão inglesa, pela Copa da Inglaterra, em modesto estádio do leste londrino, para 9.000 torcedores.
O City dominava, como era obrigatório, quando, aos 16 minutos, Nico González, o meio-campista que Guardiola buscou para tentar preencher a desastrosa ausência de Rodri, foi desarmado no círculo central, machucou-se, a bola roubada de lá foi chutada, bateu no travessão, nas costas do goleiro, e o tetracampeão inglês seguiu para o intervalo derrotado por 1 a 0, como em filmes de terror, e obrigado a substituir González. Que fase!
Para virar por 2 a 1, Kevin De Bruyne teve de entrar em campo, e assim mesmo faltou pouquíssimo para o empate.
Nesta terça-feira (11), o City receberá o Real Madrid pela Champions, jogo de ida, às 17h do Brasil.
O risco de sofrer goleada histórica está posto.
A chance da redenção, também… Afinal, trata-se de futebol, o mais inexplicável dos esportes.
Ou a rara leitora e o raro leitor sabem por que o City virou saco de pancadas?
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