O técnico Carlo Ancelotti ainda não estreou no comando da Seleção Brasileira, mas a expectativa já é de transformação profunda. Segundo o comentarista Paulo Vinícius Coelho (PVC), o italiano terá como prioridade montar um esquema tático que potencialize o futebol de Vinícius Júnior. A ideia é simples: fazer com o Brasil o que o Real Madrid já faz — e com grande sucesso.
A chave do jogo: liberdade para Vini Jr.
De acordo com PVC, Ancelotti deve construir uma seleção ao redor de Vini Jr., criando um ambiente tático onde o camisa 7 tenha liberdade total para desequilibrar. “O Ancelotti vai montar o time em função dele. Não só por talento, mas porque é hoje o principal jogador do país”, afirmou o jornalista em participação no programa Redação Sportv nesta segunda-feira.
O técnico italiano já tem experiência nesse tipo de adaptação. No Real Madrid, redesenhou o sistema ofensivo para explorar ao máximo a velocidade, o drible e a movimentação de Vini. A aposta agora é repetir a fórmula na Seleção — e com mais liberdade, já que no cenário internacional o Brasil tem outros tipos de adversários e desafios.
Mudanças à vista: quem entra, quem sai
A chegada de Ancelotti, prevista para o segundo semestre, deve coincidir com o início das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 e a reta final de preparação para a Copa América de 2026. Com isso, é provável que nomes consagrados do ciclo anterior percam espaço para atletas que possam funcionar como “escudeiros” de Vini Jr.
“Não se trata de montar uma ‘Vini-dependência’, mas sim de reconhecer que o Brasil tem um protagonista claro, e que a tática precisa servi-lo”, explicou PVC. Nomes como Rodrygo, Endrick, e até Lucas Paquetá podem ser peças-chave nesse encaixe, com funções bem definidas para abrir espaço e fazer a bola chegar ao craque com qualidade.
Inspirado em 2002?
A estratégia lembra, em parte, o que Luiz Felipe Scolari fez com Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo em 2002: estrutura sólida atrás e liberdade para o talento resolver na frente. A diferença agora é que o foco está num só jogador — Vinícius Júnior — que vive seu auge técnico e físico aos 24 anos.
O próprio Ancelotti já declarou publicamente que Vini é um dos jogadores mais inteligentes taticamente com quem trabalhou. “Ele entendeu como e onde ser decisivo. Agora, cabe a mim criar o contexto ideal para isso”, disse o técnico em entrevista recente à imprensa espanhola.
Expectativa da torcida e da CBF
Dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a ideia de um “time do Vini” também agrada. A entidade vê no atacante a figura capaz de liderar o grupo não só tecnicamente, mas também midiaticamente — algo que o futebol brasileiro busca desde o declínio de Neymar na Seleção.
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Para a torcida, acostumada a ídolos que encantam e decidem, o novo projeto gera entusiasmo. Vini Jr. vem de uma temporada avassaladora pelo Real Madrid, com títulos e atuações de gala. A esperança é que, com o esquema certo, esse brilho finalmente se traduza em conquistas com a camisa amarela.
Conclusão: o início de uma nova era
A aposta de Ancelotti em Vini Jr. como epicentro da Seleção Brasileira marca o início de uma nova era. Com talento, respaldo tático e liberdade criativa, o camisa 7 tem tudo para assumir o protagonismo e recolocar o Brasil no caminho das grandes conquistas.
A contagem regressiva já começou. E o futuro da Seleção pode passar pelos pés — e pelos dribles — de Vinícius Júnior.
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