O maior evento de lançamento de produtos do ano da Apple acontece nesta terça-feira (9), quando a empresa apresentará a nova geração do iPhone, novos modelos de Apple Watch e outros acessórios.
A enxurrada de produtos que chegam neste trimestre devem ajudar a companhia a enfrentar a crescente concorrência da sul-coreana Samsung, do Google e de marcas chinesas como Huawei e Xiaomi .
Ao contrário de outros gigantes do Vale do Silício, a Apple ficou para trás no campo da inteligência artificial generativa. O novo sistema operacional iOS 26, revelado em junho, não traz grandes avanços em IA. Assim, a aposta recai sobre mudanças de hardware para manter os clientes dentro do ecossistema de produtos da empresa.
Pela primeira vez em cinco anos, a Apple trará grandes atualizações de design para o iPhone. As versões de ponta, iPhone 17 Pro e Pro Max, terão novos acabamentos na parte traseira que dão uma cara nova ao conjunto de câmeras. Já um modelo totalmente inédito, que deve se chamar iPhone 17 Air, terá corpo ultrafino.
Os aparelhos darão início a um ciclo de três anos de novos designs para o iPhone. Ainda estão por vir um celular dobrável, previsto para o ano que vem, e uma edição de vidro para celebrar o 20º aniversário do iPhone em 2027.
O iPhone é a maior fonte de receita da Apple, respondendo por cerca de metade das vendas, e a companhia busca mantê-lo relevante na era da IA.
O aparelho também é o centro de seu negócio de serviços —e um dos principais motivos para a compra de produtos complementares como Apple Watch, AirPods e capinhas. A Apple quer preservar esse lucrativo ecossistema em um momento em que dispositivos movidos a IA ameaçam transformar a indústria.
Veja o que a Apple deve anunciar no evento desta terça.
iPhone 17, iPhone 17 Pro, iPhone 17 Pro Max e iPhone 17 Air
Assim como nos últimos anos, a Apple apresentará quatro novos modelos de iPhone —mas desta vez haverá uma diferença. Desde 2020, a empresa lança uma dupla de modelos básicos e duas versões de ponta (cada faixa em dois tamanhos).
Na base, ofereceu um modelo menor —o mini— com o iPhone 12 e 13. Depois migrou para um aparelho maior, ao lançar o iPhone 14 Plus, 15 Plus e 16 Plus, após perceber que o pequeno não emplacou. Agora, tendo concluído que o grande também não teve boa aceitação, a empresa parte para o único caminho que parece fazer sentido: mais fino.
É aí que surge o provável iPhone 17 Air —nome que mantém a tradição já usada em MacBooks e iPads. O Air terá cerca de 5,5 milímetros, o que o torna cerca de 30% mais fino que o iPhone 16 Pro. Mas isso traz desvantagens: menor duração de bateria e apenas uma câmera traseira.
O iPhone 17 Air terá o mesmo processador A19 do iPhone 17. O corpo é fino demais para chips de operadora físicos, o que obriga o uso de eSIM. Além disso, haverá a troca para um chip de Wi-Fi desenvolvido pela própria Apple e para o modem C1 da empresa, usado no iPhone 16e. O iPhone Air ficará entre o modelo básico e os Pro, como no iPad.
Pela primeira vez desde o iPhone 12 Pro, em 2020, os modelos 17 Pro e 17 Pro Max terão novo design. A traseira muda, com um conjunto de câmeras que ocupa todo o terço superior do aparelho e uma área inferior remodelada, que também servirá como zona de carregamento sem fio.
Como de costume, os Pro terão upgrades maiores: processador A19 Pro, bateria maior, melhorias em gravação de vídeo e na lente teleobjetiva, passando de 12 MP para 48 MP. Outra mudança será o retorno ao alumínio na moldura, revertendo a adoção do titânio feita no iPhone 15 Pro, em 2023. O alumínio é mais leve e dissipa calor de forma mais eficiente .
O iPhone 17 básico não terá redesign, mas ganhará tela um pouco maior, de 6,3 polegadas, igual à do 16 Pro e 17 Pro (o Pro Max seguirá com 6,9). Outras mudanças incluem o novo chip e, pela primeira vez em um modelo não-Pro, uma tela ProMotion. Tanto o iPhone 17 quanto os Pro continuarão a usar modems da Qualcomm.
Entre os acessórios, a Apple lançará uma nova linha de capas, substituindo o polêmico FineWoven, incluindo uma case parecida com a do iPhone 4 para o Air.
Apple Watch Series 11, Apple Watch Ultra 3 e novo Apple Watch SE
Apple Watch Ultra 3: Após não atualizar o Ultra no ano passado, a Apple prepara uma versão mais robusta para este ano. O relógio ganhará tela maior, novo chip S11 e conectividade com o recurso de satélite da Apple, que permite mensagens de texto e chamadas de emergência.
Apple Watch Series 11: O Series 11 deve manter praticamente o mesmo visual do Series 10, com tela mais brilhante e ajustes em cores e pulseiras.
Apple Watch SE: O modelo de US$ 249, o mais barato da linha e também o mais antigo, terá atualização com telas mais novas e chip mais rápido.
Recursos de saúde: A Apple planeja lançar em 2025 o serviço pago Health+, com um agente de saúde baseado em IA.
AirPods Pro 3
A Apple deve lançar os AirPods Pro 3 ainda neste mês, a primeira atualização em três anos. Os protótipos em Cupertino trazem estojos de carregamento menores e novo sistema de pareamento, alinhado às mudanças feitas nos AirPods 4. Um recurso inédito de software permitirá tradução em tempo real de conversas, ampliando funções já presentes em iPhones e iPads com o Apple Intelligence.
Outras novidades
AirTag 2: primeira atualização do rastreador lançado em 2021, agora com chip sem fio aprimorado e maior precisão.
iPad Pro: em desenvolvimento, será um dos primeiros a trazer o chip M5.
Vision Pro: o headset de realidade mista terá sua primeira atualização, com chip mais novo (testes com M4 e M5), possível versão em preto espacial e melhorias modestas.
Apple TV: primeira atualização desde 2022, com novo processador para rodar recursos do Apple Intelligence, incluindo a Siri repaginada.
HomePod mini: receberá chip atualizado, suporte à nova Siri e melhorias de áudio.