A Associação de Editores de Meios de Comunicação da União Europeia, América Latina e Caribe (EditoRed) lançou nesta semana o “Decálogo da IA e da Comunicação”, um conjunto de diretrizes que orienta o uso ético e eficaz da inteligência artificial no jornalismo.
O documento reúne dez princípios, entre eles: ética e transparência no uso da IA, protagonismo humano nas decisões editoriais, combate à desinformação, personalização com responsabilidade e estímulo à inovação narrativa.
O decálogo também propõe o uso da IA como aliada no jornalismo investigativo. A versão completa está disponível neste link.
Para debater o tema, a EditoRed reuniu figuras de destaque do jornalismo ibero-americano no webinar “O Desafio da IA na Mídia”, que discutiu como as redações estão incorporando a inteligência artificial, seus benefícios, riscos e os limites do papel humano no jornalismo.
Durante o evento, Dani Braga, editora de IA da Folha, compartilhou a experiência do jornal na adoção de ferramentas de IA generativa nas rotinas de produção.
Segundo ela, a estratégia desde o início tem sido dupla: estimular o uso consciente da IA por jornalistas e assegurar que a supervisão humana continue central em todos os processos.
“Nós combatemos o medo e o desinteresse incentivando o uso dessas ferramentas. O desinteresse leva à ignorância —e esse é o pior cenário possível”, afirmou a editora durante o evento.
A Folha já incorporou a IA ao seu Manual da Redação e desenvolveu soluções como resumos com glossário, gerador de títulos, descritores automáticos de imagem, vídeos a partir de texto e um chatbot sobre câncer —criado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês.
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