Bolsonaristas realizam atos espalhados pelo país neste domingo (3) contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o presidente Lula (PT).
Manifestações foram marcadas em ao menos 20 capitais em todas as regiões do Brasil. Cidades do interior também têm atos programados. O principal ato, em São Paulo, está previsto para começar à tarde.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode participar porque, desde o último dia 18, tem que cumprir medidas restritivas impostas por Moraes, como usar tornozeleira eletrônica e não sair de sua casa, em Brasília, aos fins de semana.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participa da manifestação que acontece no centro de Belém desde às 8h. Parlamentares do PL no Pará foram os primeiros a discursar, com falas contra Moraes, Lula e o governador do estado, Helder Barbalho (MDB).
Em Salvador o ato começou às 9h, no Farol da Barra. Deputados também discursam contra o STF, Lula e o governador baiano Jerônimo Rodrigues (PT).
Parlamentares bolsonaristas, como os deputados Filipe Barros (PL-PR), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), anunciaram os atos pelas redes sociais, sob o slogan “Reaja, Brasil”.
Os atos acontecem quatro dias depois de o presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciar imposição de sanções financeiras a Moraes, com base na Lei Magnitsky.
As sanções são ligadas à pressão pela interrupção da ação penal que julga Bolsonaro por tentativa de golpe e são incentivadas, sobretudo, pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Na sessão do STF de sexta (1°), a primeira desde a sanção, Moraes classificou como “covardes e traiçoeiras” as ações do governo americano e disse haver “traição à pátria”, direcionando sua reação principalmente a Eduardo Bolsonaro.
No Sudeste, atos foram marcados para São Paulo e cidades do interior, além de Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vila Velha (ES).
Também há manifestações programadas para as capitais do Sul (Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis), Centro-Oeste (Goiânia, Campo Grande, Cuiabá e Brasília) e Nordeste (Salvador, Fortaleza, Recife, São Luís, João Pessoa, Natal, Teresina, Aracaju e Maceió).
A marcação de atos em diferentes cidades, segundo bolsonaristas, seria uma tentativa de tornar mais acessíveis as manifestações e que parlamentares possam ter protagonismo em seus redutos.
Reservadamente, organizadores temem que os atos sejam esvaziados. Primeiro, identificam cansaço da base, que, aos poucos, tem participado menos de mobilizações nas ruas. Segundo, devido à ausência de Jair Bolsonaro.