Apontado como um dos fundadores e chefes da facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA), rival do Comando Vermelho (CV) e do Terceiro Comando Puro (TCP) na venda de drogas, ele foi preso em uma operação da Polícia Civil no dia 8 de maio. Entenda o ‘acordo’ que levou Celsinho da Vila Vintém de volta à cadeia
Preso no mês passado por articular a expansão do Comando Vermelho na Zona Oeste do Rio, Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, virou réu por tráfico de drogas e associação para o tráfico nesta quinta-feira (5).
O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 2ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá, aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra Celsinho e também decretou sua prisão preventiva.
Na ação também foram denunciados o miliciano André Costa Barros, o Boto, que também está preso, e Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, que está foragido.
Em sua decisão, o juiz citou que existe grave risco à ordem pública caso os acusados permaneçam em liberdade e tenham a oportunidade de voltar a delinquir, considerando a gravidade concreta dos atos praticados.
“Acresça-se, ainda, que a própria forma de execução dos delitos graves, demonstram que, em liberdade os acusados poderão influir negativamente no ânimo das testemunhas, que devem comparecer em Juízo para depor sem temor, constatando-se assim a necessidade de sua custódia cautelar por conveniência da instrução criminal”, citou magistrado.
“Além disso, ao tomar conhecimento do processo os réus poderão se evadir, constatando-se a necessidade da custódia cautelar também para assegurar aplicação da lei penal”, acrescentou.
Celsinho da Vila Vintém foi preso em maio de 2025
Reprodução
Apontado como um dos fundadores e chefes da facção criminosa Amigo dos Amigos (ADA), rival do Comando Vermelho (CV) e do Terceiro Comando Puro (TCP) na venda de drogas, Celsinho foi preso em uma operação da Polícia Civil no dia 8 de maio.
Segundo as investigações, Celsinho se aliou ao Comando Vermelho (CV), com quem rompeu no passado, para retomar comunidades que foram dominadas pela milícia. Ele também fez negócios com um grupo paramilitar e “comprou” o controle da Vila Sapê, em Curicica.
A aliança fez parte de um acordo triplo entre uma pequena milícia de Curicica, o CV e a ADA. Com este acordo, o Comando Vermelho, maior facção criminosa do RJ, buscou retomar territórios perdidos para paramilitares na região de Santa Cruz.
Celsinho estava solto desde outubro de 2022. Uma decisão judicial concedeu liberdade a ele no único processo que ainda o mantinha preso: uma condenação, em primeira instância, a 15 anos de regime fechado por ter comandado a invasão da Rocinha, em 2017.
Na saída da prisão, ele disse que ia viver uma “nova vida”. Após ser preso em maio, ele manteve a versão de que não voltou ao crime.
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Celsinho da Vila Vintém deixa cadeia em Bangu, no Rio