Centre Pompidou adquire quase 70 obras dos irmãos Campana

O museu francês Centre Pompidou adquiriu cerca de 70 obras dos irmãos Campana. A parceria representa a maior aquisição institucional do acervo de um designer vivo. Co-fundadora do Estúdio Campana, a dupla é uma das mais prestigiadas do design mundial e, em 2024, completou 40 anos de trajetória. 

À frente da marca desde a morte do irmão Fernando, em 2022, o designer Humberto Campana abriu, no ano passado, o museu a céu aberto Parque Campana em Brotas, cidade a 250 km da capital paulista. 

LEIA TAMBÉM: SAIBA COMO VISITAR O MUSEU A CÉU ABERTO CRIADO PELOS IRMÃOS CAMPANA

Desenhos da linha Desconfortáveis, dos Campana.
Divulgação

A negociação com o Pompidou contempla 22 cadernos com esboços, desenhos e anotações, além de mobiliário que abrange a trajetória do estúdio – desde protótipos a criações únicas. Entre elas, há exemplares das cadeiras Samambaia, de 1989, a Cone, de 1997, e a Jacaré, de 2002. Há também o gabinete Cangaço, lançado em 2015, feito em colaboração com o mestre artesão Espedito Seleiro. 

As peças partem do acervo do próprio Instituto Campana, que hoje tem mais de 6 mil itens, de galerias, como a Friedman Benda, e das marcas Edra, Louis Vuitton, Alessi e Bernardaud. Elas agora  integram o acervo do Pompidou, que já possuía exemplares das cadeiras Vermelha, de 1998, e Favela, de 2003. 

LEIA TAMBÉM: ÍCONE MODERNO, PALÁCIO GUSTAVO CAPANEMA SERÁ REINAUGURADO NESTE MÊS

Estudos da cadeira Vermelha.
Divulgação

Atualmente, criações dos Campana fazem parte das coleções permanentes de instituições como o Museu de Arte Moderna (MoMA, em Nova York, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e o Stedelijk Museum, nos Países Baixos.

Também, na última semana, foi oficializado o acordo para a criação do Centro Pompidou Paraná, que deverá ficar pronto em novembro de 2027, em Foz do Iguaçu, com investimento estimado em cerca de 200 milhões de reais por parte do governo paranaense. A parceria foi celebrada em Paris com a presença do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e o presidente da instituição, Laurent Le Bon.  

Segundo o museu, o local terá programação multidisciplinar, com exposições de arte moderna e contemporânea, performances ao vivo, ciclos de filmes, festivais, encontros e residências artísticas. O projeto do futuro edifício será assinado pelo arquiteto paraguaio Solano Benítez.

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes