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‘Cheguei no topo, mas me sinto só’: primeira pró-reitora trans do Brasil luta por cotas nas universidades

Redação by Redação
janeiro 29, 2025
in Notícias
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‘Cheguei no topo, mas me sinto só’: primeira pró-reitora trans do Brasil luta por cotas nas universidades
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23 universidades públicas no Brasil aprovaram política de afirmação para alunos e alunas trans desde 2018, mas exclusões sofridas desde a educação básica deixam vagas ociosas. Nesta quarta-feira (29), é celebrado o Dia da Visibilidade Trans. Joyce Alves, pró-reitora adjunta de assuntos estudantis da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Isabella Kariri
Desde criança, Joyce Alves tinha uma ideia fixa: a educação seria sua tábua de salvação. Naquela época, entre a década 1980 e 1990, ela não entendia o que estava por trás desse pensamento. Hoje, mulher trans e pró-reitora de universidade, aos 46 anos, sabe que era uma estratégia de sobrevivência.
“Eu sempre fui muito estudiosa. Sentava na frente, tirava as melhores notas e fazia tudo o que a professora pedia. Assim, conseguia escapar de maiores violências, porque tinha algo a oferecer às pessoas. Eu podia ensinar aos meus colegas”, reflete.
A estratégia funcionou e Joyce não só sobreviveu, como pavimentou sua trajetória – se formou em letras e em pedagogia, fez mestrado em literatura brasileira, doutorado em educação e se tornou servidora efetiva da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Em 2021, chegou onde outras pessoas como ela nunca haviam chegado no Brasil. Foi nomeada pró-reitora adjunta de Assuntos Estudantis. Era a primeira mulher trans a ocupar um cargo desses. Mas Joyce se sente sozinha lá no topo. É a única servidora trans em uma universidade que tem mais de 2 mil funcionários efetivos. Nesta quarta-feira (29), é celebrado o Dia da Visibilidade Trans.
Longe de ser apenas uma histórias de superação, o caso de Joyce aponta para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas trans para terem acesso à educação, um direito constitucional.
“Enquanto uma pessoa de gênero e sexualidade dissidente, eu sabia que as coisas iam ser muito mais difíceis para mim na escola. Eu não era um menino como os outros. Por isso, fui me esgueirando, sempre me escondendo, sempre na sombra. Ao mesmo tempo em que eu era a melhor da turma, não podia me expor muito, não podia ficar muito em evidência”, lembra Joyce.
Cotas para pessoas trans
23 universidades públicas têm cotas para pessoas trans
Arte/g1
Hoje, Joyce faz parte de uma articulação que luta por cotas para trans nas universidades públicas. O movimento tem participação de entidades como a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que elaborou uma nota técnica para orientar políticas públicas sobre ações afirmativas para pessoas trans, travestis, transmasculinas e não binárias no ensino superior.
De acordo com levantamento do g1, ao menos 23 universidades públicas brasileiras aderiram à política de cotas desde 2018, sendo que 16 delas (69,5%) aprovaram a ação afirmativa entre 2023 e 2024. O aumento nos últimos dois anos é fruto da articulação da qual Joyce faz parte.
“Ajudar outras pessoas a chegarem no lugar em que estou é a melhor coisa que eu poderia fazer enquanto uma mulher trans. As cotas são uma maneira de falar que a universidade pode ser para elas também”, diz Joyce.
Joyce Alves
Arte/g1
Ela sabe que violências psicológicas, físicas e institucionais são causadoras da exclusão de crianças e adolescentes à educação básica. É um gargalo que dificulta o acesso ao ensino superior e, consequentemente, ao mercado de trabalho.
As universidades que implantaram cotas para pessoas trans reservaram ao menos uma vaga em cada curso, mas a maioria dessas reservas fica ociosa.
Segundo informações de 8 universidades que repassaram o dado solicitado pelo g1, apenas 190 estudantes ingressaram no ensino superior por meio da ação afirmativa. Eles estão em cursos como medicina, administração, artes visuais, biologia, farmácia, pedagogia e direito.
Dificuldades para manter estudantes
Segundo o pró-reitor de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Sandro Augusto Ferreira, a instituição – primeira a implantar a política de cotas para pessoas trans – já ofertou ao menos 300 vagas desde 2018, mas apenas 14 foram preenchidas, e só uma pessoa se formou. Atualmente, nove estudantes que entraram na universidade por meio de cotas estão matriculados.
Os números provam que reservar vagas está longe de ser o bastante para superar um processo de exclusão, que é anterior à universidade.
A dificuldade para as pessoas trans ocuparem as vagas oferecidas, mesmo por meio de cotas, pode ser explicada por pesquisas como a divulgada em 2022 pelo projeto TransVida, realizada com apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Transfobia na formação escolar: 36,7% das pessoas trans entrevistadas dizem ter sido vítimas de preconceito
Arte/g1
Segundo o levantamento, 37% dos entrevistados disseram ter sido vítimas de transfobia durante sua trajetória educacional. Em quase 33% dos casos, a discriminação foi praticada por professores, coordenadores e diretores das escolas. Pelo menos 10% dos entrevistados abandonaram os estudos após episódio de violência.
Desrespeito ao nome social foi o relato mais recorrente, seguido de tortura psicológica e a proibição do uso de banheiro adequado ao seu gênero.
“Não conseguem terminar a educação básica porque a escola diz ‘não’ para elas o tempo todo. Não respeitam o nome social, as proíbem de utilizar o banheiro de acordo com a sua identidade de gênero”, afirma Joyce.
A presidenta da Antra, Bruna Benevides, afirma que o primeiro desafio é garantir a permanência das pessoas trans no ensino fundamental e médio, por meio das políticas de proteção.
O desrespeito do corpo técnico e administrativo é o principal motivo para a exclusão educacional da comunidade trans mais jovem, segundo Bruna. “Isso culmina com a marginalização e nos retira da disputa em pé de igualdade na formação educacional, acadêmica e profissional”.
Em 2023, o Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Queers e Intersexos publicou uma resolução com orientações para garantir acesso e permanência dessa comunidade nas escolas públicas e privadas.
O documento prevê, entre outras coisas, que o nome social de estudantes travestis e transexuais seja usado em todos os registros escolares. O texto propõe ainda o uso de banheiros de acordo com a identidade ou expressão de gênero de cada estudante.
Apoio da família
Yngrid Sofia Barbosa
Arquivo Pessoal
Desistir dos estudos nunca esteve nos planos de Yngrid Sofia Barbosa, embora ela tivesse motivo para isso durante toda a sua vida escolar.
“Eu sofri violências físicas e psicológicas. Precisava limitar minha expressão, esconder um pouco de quem sou para evitar essas agressões. A escola se tornou um ambiente que eu já não suportava. Mas, quando eu olhava para a minha realidade, eu não tinha outra opção. Era suportar e permanecer na escola, ou sofrer violência nas ruas”.
Além da capacidade de persistir, Yngrid conta que ter o apoio da família, algo constantemente negado a pessoas trans, foi essencial para enfrentar a exclusão no ambiente escolar. “Quando eu trazia essas queixas, minha família sempre me defendia. Quem não tem isso, não permanece”, diz.
Yngrid Sofia Barbosa
Arte/g1
A presidente da Antra, Bruna Benevides, destaca que a escola é um ambiente hostil também para os pais de pessoas trans que aceitam a identidades de gêneros dos seus filhos ou suas filhas e reivindicam que os professores os tratem pelo gênero com o qual se identificam.
“Há casos em que a escola opta por excluir, desligar o aluno ou aluna. Às vezes, até promove denúncias contra os pais para os órgãos de proteção à infância, como se eles estivessem, de alguma forma, incentivando a criança ou adolescente a ser trans”, diz Bruna.
Não sem sofrer, Yngrid superou dificuldades como essas ao lado da sua família e está concluindo o curso de pedagogia na Universidade do Estado da Bahia (UNEB). É uma das estudantes que foi aprovada pela política de cotas da instituição.
Ela nem esperou pegar o diploma para se inscrever em um processo seletivo de mestrado. “Como uma mulher trans, é muito difícil ter expectativa, pensar tão longe. Agora, com um curso superior, eu consigo imaginar o futuro. O curso me abriu novas portas”.

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