O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, reclamou do tempo que a defesa teve para analisar “bilhões de documentos” na ação da trama golpista e disse que o tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, não é confiável.
Em sua manifestação à Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta-feira (3), Vilardi afirmou que Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro, foi omisso e contraditório nas informações que forneceu.
“A delação, da forma como está sendo proposta, é algo que não existe nem aqui nem em nenhum lugar do mundo”, disse, criticando a proposta da PGR (Procuradoria-Geral da República) de diminuir os benefícios que Cid receberia por causa dessas omissões. Para Vilardi, a colaboração deveria ser anulada.
O advogado também questionou o tempo que teve para analisar as provas usadas pelos órgãos de investigação contra o ex-presidente.
A denúncia contra Bolsonaro foi aceita pela Primeira Turma do STF em março, e o julgamento dos réus do caso iniciado nesta terça (2). “Eu não conheço a íntegra desse processo. São bilhões de documentos”, disse Vilardi.
O advogado diz que, entre as provas que recebeu, há “recorte de trechos do Whatsapp ou documentos como um papel, uma agenda, que foram localizados em computadores”.
“São dezenas e dezenas e dezenas de computadores. Milhares de celulares”, listou, afirmando que foram poucas semanas para analisar o material. “Temos um conjunto de prova apreendida que ficou à disposição por ano com a Polícia Federal.”
LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.