Federer fez o golpe pela primeira vez no segundo semestre de 2015 e teve sucesso relativo até contra grandes nomes do circuito como Novak Djokovic e Rafael Nadal. O suíço, inclusive, fazia contato com a bola muito mais dentro da quadra do que Fonseca conseguiu ontem (compare com o vídeo abaixo, da final de Cincinnati/2015, vencida por 7/6 e 6/3 contra Djokovic). Ainda assim, o princípio do golpe é o mesmo: surpreender o sacador, e o brasileiro deixou o australiano sem ação.
Coisas que eu acho que acho:
– Fisicamente, Fonseca deveria ter resistido por mais tempo? Não consigo ver como. O brasileiro, além de mais jovem e com um corpo ainda desenvolvendo propriedades que seus oponentes mais velhos já possuem, vem em uma sequência de jogos muito maior do que a elite do circuito. Da segunda quinzena de dezembro até hoje, Fonseca fez 32 partidas. No mesmo período, De Minaur fez 23. O número 2 do mundo, Alexander Zverev, fez 20. Carlos Alcaraz, #3, soma 19 atuações.
– Há muito a elogiar na campanha de João em Miami e, evidentemente, em toda sua temporada. O brasileiro vem atuando em altíssimo nível e com invejável consistência. De Lorenzo Sonego, no Australian Open, até De Minaur, em Miami, todos que conseguiram derrotá-lo o fizeram com grandíssimas apresentações.