Miami (EUA) – Com o fim da participação no Masters 1000 de Miami, João Fonseca avalia sua campanha no torneio de forma positiva. Vindo de duas vitórias nas fases iniciais, contra Learner Tien e Ugo Humbert, o carioca de 18 anos e número 1 do Brasil foi superado nesta segunda-feira em um duelo equilibrado contra o australiano Alex de Minaur, 11º do ranking. Fonseca destacou o plano tático do algoz e a dificuldade de enfrentá-lo.
“Foi um jogo difícil, que exige muito mentalmente. É um jogador muito vivido, que está voltando para o top 10 e sabe jogar nessas situações”, disse Fonseca, após a derrota por 5/7, 7/5 e 6/3 em 2h30 de partida. “Ele usa o peso da bola do adversário, o que para mim é mais difícil porque eu gosto de bater forte. E a bola dele é mais difícil, arrasta no chão e exige muito mentalmente. Ele usa essas bolas como armadilha e também algumas mais altas, oportunas, para matar o ponto. Então eu tinha que trabalhar bem os ralis”.
“Tive oportunidades durante o jogo. Em algumas fui muito passivo, em outras quis quebrar a bola muito rápido”, avaliou o atual 60º do ranking, que avançou uma rodada em Indian Wells e também venceu o challenger de Phoneix há oito dias. A campanha em Miami pode render um avanço de mais duas posiçõs, com 50 pontos na ATP.
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Ele foi perguntado sobre o que faria diferente na partida. “No 4/4 do segundo set, tive duas ou três chances de quebra. Errei um slice. Mas depois fiz uma boa devolução e poderia ir para a bola como sempre faço, mas fui muito passivo. E no terceiro set, tive 2/1 e saque, mas errei um forehand e não confirmei aquele game. Esses são os pontos em que você tem a oportunidade, mas não aproveita. Então às vezes isso te frustra. Mas acontece. Quer dizer, tênis é assim. Haverá alguns pontos como esses”.
O carioca retorna ao Brasil e terá uma semana de descanso. Depois retoma os treinos, visando os torneios da temporada de saibro na Europa. “Acho que a diferença hoje foi a mentalidade, eu não joguei mal. Mas acontece, é uma boa experiência. É jogando com os melhores do mundo que você que sabe onde está seu nível. Estou no caminho certo, é meu segundo ano na ATP e fiz três semanas muito boas. Saldo muito positivo, estou me sentindo bem em quadra e bem fisicamente. É seguir em frente porque temporada é longa”.