Lenny Niemeyer, verão 2026 - ELLE Brasil

Lenny Niemeyer, verão 2026 – ELLE Brasil

“É a união de tudo o que mais amamos: arte, botânica e arquitetura”, diz Lenny Niemeyer sobre o Instituto Inhotim, o museu a céu aberto em Minas Gerais, do qual a marca se tornou patrona. “Levamos parte da equipe para lá há mais ou menos um ano para fazer uma imersão criativa”, continua a diretora de estilo Telma Azevedo. O resultado é a coleção de verão 2026, desfilada no sábado (23.08) no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, e já à venda nas lojas.

Mas não espere referências diretas ou traduções literais. O processo criativo partiu de impressões, sensações e lembranças vivenciadas durante a visita. Vêm daí as estampas digitais abstratas ou com aparência ampliada, tipo superzoom. As texturas também são um recurso recorrente para essa adaptação – em especial os bordados e as tapeçarias.

Lenny Niemeyer, verão 2026.
Foto: Zé Takahashi/Agência Fotosite

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Há algumas temporadas, Lenny Niemeyer dedica parte do desenvolvimento de suas coleções à exploração de materiais sustentáveis de origem nacional e ao trabalho artesanal de artistas ou comunidades de regiões específicas do país. Neste verão 2026, entram para essa lista o látex da Amazônia (trabalhado em tressê), os couros de salmão, pirarucu e de base vegetal, a organza de seda reciclada e os acessórios e aplicações de sementes de espécies nativas do Brasil.

O carro-chefe é, e sempre foi, a moda praia. Contudo, nesta estação, saem na frente as opções fluidas e alongadas. É que os desfiles anteriores foram bastante marcados por formas e volumes estruturados, às vezes até com certo viés futurista. Era uma maneira de engrandecer a roupa na passarela, porém já começava a se tornar um tanto previsível. Agora, os vestidos, blusas e saias drapeados, plissados e com recortes sinuosos se mostram como propostas mais frescas, leves, sofisticadas e possíveis.