Com um governo que não é especialmente amigável com os imigrantes, para dizer o mínimo, o que pode frear a vontade de muita gente de levar os filhos e o nosso dinheiro, tão desvalorizado em relação ao dólar, aos Estados Unidos, uma lembrança: sendo turista, muda tudo. Em Nova York, então, não ser um norte-americano nascido e criado por lá é a regra, não a exceção.
Fora isso, sim, há um número elevado em relação a anos anteriores de episódios relacionados à segurança pública, o que também pode assustar quem planeja levar a família. Mas, de novo, nada que uma volta a pé por qualquer região de São Paulo não supere e muito.
Nova York é um ótima chance de fazer uma viagem em família em que todo mundo se diverte o mesmo tanto, ao contrário da Disney, em que os pais normalmente aguentam o tranco em nome da cara de felicidade dos filhos, ou de resorts em praias desertas, em que as crianças precisam ser convencidas de que aquilo é bom, não um tédio.
Mas um bom planejamento sempre cai bem, afinal Nova York é uma cidade em que quem não exerce certo controle perante as tentações, principalmente as de consumo, pode ser um perigo.
No meu caso, combinei com minhas filhas, com nove anos quando visitamos a cidade, que faríamos programas culturais antes do almoço e passeios divertidos ou compras na parte da tarde. Elas também receberam uma pequena quantia em dólar para gastar no que quisessem.
Nas semanas que antecederam a viagem, listamos os lugares que queríamos conhecer e vimos no mapa o que ficava perto do que, assim atacamos a cidade por região, lembrando sempre de deixar muitos espaços vazios na agenda, porque parte da graça de andar por Nova York é se deixar levar pelas novidades e curiosidades que surgem sem planejamento.
A hospedagem foi resolvida antes, com o aluguel de um apartamento de um quarto, com uma sala espaçosa e um sofá em L em que as duas podiam dormir. Mas há hotéis para todos os gostos e bolsos, e alguns têm “family room”, um quarto mais espaçoso em que cabe uma família, mais barato que dois quartos conjugados.
Por exemplo o Hotel Beacon, um quatro estrelas pertinho do Museu de História Natural, ao lado do Central Park, com diárias por volta de R$ 5 mil, ou o Hotel Edison, também quatro estrelas, em plena Times Square, mas com preços bem mais baixos, cerca de R$ 1300 por noite para quatro hóspedes.
Os hoteis da cadeia Best Western também oferecem essa opção, assim como o Hard Rock Hotel, em Times Square.
A alimentação não tem muito erro. Nossa opção foi fazer o café da manhã no apartamento, com coisinhas deliciosas compradas no dia da chegada no supermercado mais próximo – esse um passeio sempre impressionante, aliás.
Almoço no lugar mais apetitoso que surgisse no caminho. Os restaurantes dos museus costumam ser muito bons, e finalizar uma visita cultural com o almoço resolvido é bem prático. Mas há comidas de rua em qualquer esquina, que quase sempre dão certo. Pedaços de pizza, hot dogs, pretzels, lanchonetes fazem parte da experiência de conhecer Nova York.
No jantar, optamos por restaurantes que eram ou perto do último programa ou do hotel, ou que algum de nós tinha curiosidade de conhecer, outra lista que fizemos com antecedência, com a devida checagem do endereço e do horário, além da necessidade ou não de se fazer reserva.
Quem fica em hotel tem a opção do room service, que, na minha experiência, funciona muito bem com crianças. Aquele carrinho com rodinhas, vestido com uma toalha branca que chega ao quarto com os pratos cobertos por cloches são sucesso garantido.
O deslocamento em Nova York pode ser um desafio, minha dica é usar o metrô para distâncias maiores ou horários de muito trânsito, e Uber ou táxi para pequenos trajetos. O Uber lá funciona com o mesmo aplicativo daqui, e só tem carrões enormes, com vidro preto. O que não me agrada, eu gosto de ver a cidade pela janela. Mas quando o tempo é curto, é a melhor opção. Os táxis nova-iorquinos são tradicionalmente inflexíveis, mas muito seguros.
Na preparação para a viagem, vale assistir a filmes e séries que se passam na cidade, tarefa fácil e divertida, que gera muito interesse. Entre os títulos imperdíveis, “Uma Noite no Museu”, que se passa no Museu de História Natural, “Big: Quero Ser Grande”, que tem cenas fundamentais em pontos turísticos, além de ser genial, e “Bonequinha de Luxo”, afinal um clássico é um clássico.
Também assisti a “Chicago”, o filme, como preparação para levar minhas filhas à peça “Chicago”, eternamente em cartaz na Broadway. Não é exatamente indicada para a idade que elas tinham, mas foi uma maneira de fazê-las conhecer a trama, vendo o filme com legendas em português, e se interessarem pela peça, e, de quebra, pela Broadway. Mas ninguém precisa seguir esse conselho, um pouco extremo, sempre há peças infantis em cartaz, como “Rei Leão”, “Wicked”, etc.
A seguir, uma lista dos programas imperdíveis. E uma dica: em qualquer viagem a Nova York, uma cidade que não para nunca de se transformar, a gente vai embora com a sensação de que se tivesse pelo menos mais um dia lá teria feito a viagem ideal. Mas esse é só um talento desta megalópole irresistível, o de fazer quem a conhece querer voltar sempre.
Coney Island
O primeiro programa imperdível nessa lista requer uma certa preparação. Coney Island não vai ser o parque de diversões mais impressionante na vida de uma criança, nem a praia, a mais bonita ou gostosa. Mas tem muito charme.
É lá, por exemplo, que se passa a cena principal do filme “Big – Quero Ser Grande”, de 1988, em que um garoto de 13 anos pede a uma máquina chamada Zohar, que existe lá de verdade (só não faz milagres), para virar um adulto. E é em um Tom Hanks novinho que ele se transforma. O filme é uma ótima preparação para quem planeja levar os filhos para a cidade, aliás.
Também é em Coney Island que acontece, todos os dias 4 de julho – dia da Independência norte-americana – o tradicional concurso para ver quem consegue comer mais cachorros-quentes, uma iniciativa da Nathan’s Famous, uma lanchonete que tem cachorros-quentes imensos e deliciosos, com barraquinhas espalhadas por Nova York inteira.
O grande diferencial desta praia com parque de diversões vintage e à beira-mar, inaugurado em 1903, é que dá para ir até ele de metrô. Apesar de se chamar Coney Island, não é uma ilha, e sim uma península, no extremo sul do Brooklyn, um dos bairros de Nova York fora da ilha de Manhattan. Planeje um dia inteiro no local, e, de preferência, não um dos primeiros da viagem.
Times Square
Não há possibilidade de ir a Nova York pela primeira vez e não conhecer –e voltar algumas vezes– a Times Square, como se chama a área entre as ruas 42 e 47, na junção da Broadway com a Sétima Avenida.
É lá que ficam os imensos painéis luminosos, letreiros digitais e há uma movimentação intensa de pessoas, sejam pedestres, sejam artistas de rua, que fazem desenhos ultra realistas em minutos e deixam as crianças hipnotizadas.
O nome Times Square foi dado em 1904, quando a sede do jornal The New York Times foi instalada ali (agora não está mais lá, o jornal mudou-se para a Oitava Avenida, entre as ruas 40 e 41, em 2007).
Desde então, virou um símbolo da cidade que nunca dorme, rodeado pelos teatros da Broadway, lojas, restaurantes e eventos culturais. E é lá que uma bola gigante iluminada desce até o chão, marcando a contagem regressiva de todo Ano Novo. Esse é um espetáculo dispensável, melhor ver nos filmes, mas é curioso ver a bola real, lá em cima, o resto do ano.
Restaurante Sardi’s
Se ainda for cedo para levar suas crianças a uma peça da Broadway, jantar no icônico Sardi’s é uma ótima saída. Localizado no Theater District, uma área que vai da rua 40 até a 54, e da Sexta até a Oitava avenidas, portanto engloba a Times Square, e famoso pelas caricaturas de celebridades da Broadway que decoram as paredes, o Sardi’s tem uma vantagem extra quando o tema é jantar em família: os pratos, de origem italiana, são feitos para serem divididos, com o famoso exagero americano. Uma massa alimenta quatro pessoas com certeza.
O Sardi’s é um clássico, existe desde 1927 e fica aberto até mais tarde que a maioria dos restaurantes de Manhattan, onde é difícil conseguir jantar depois das 21. Situado na 234 West 44th Street, o Sardi’s foi, durante décadas, o local para onde os críticos de teatro iam após as estreias elaborarem suas resenhas e onde os artistas celebravam seus sucessos ou lamentavam seus fracassos. O restaurante, enorme, quase sempre tem lugar para sentar, o serviço é ultra rápido e a qualidade, garantida.
Museu Madame Tussauds
Ainda na Times Square, o museu Madame Tussauds de Nova York, uma filial do famoso museu de cera fundado em Londres, em 1835, pela escultora francesa Marie Tussaud, é uma diversão garantida.
O ideal é planejar uma visita ao museu no começo da viagem, com bastante tempo, e deixar um espaço na agenda reservado nos últimos dias para uma segunda passada, caso haja demanda (no meu caso, foram mais que duas vezes)
Inaugurado em 2000, o Madame Tussaud é uma experiência interativa e muito divertida, com réplicas em tamanho real de figuras históricas, celebridades, líderes mundiais, personagens de filmes e ícones da cultura pop. Tem até a Anitta lá.
As estátuas ultrarrealistas são perfeitas para ótimas fotos, e nada lá é proibido. Pode pôr a mão, interagir, ver por dentro das roupas –que aliás, são de verdade, em geral doadas pelas celebridades replicadas, gente como Albert Einstein, Beyoncé, Barack Obama, a família real inglesa, super-heróis da Marvel e até a mão gigante do King Kong.
No final, a lojinha do museu oferece a oportunidade das crianças – de quem quiser – fazer uma réplica da própria mão com a mesma cera usada para as estátuas.
Endereço: 234W 42nd St. Preços: a partir de US$ 39,90 (R$ 226).
Metropolitan Museum
O Met é parada obrigatória para qualquer turista em Nova York. Até porque, ele é tão imenso e impressionante que uma única visita nunca é suficiente para desvendar todos os tesouros deste ícone de 155 anos, onde acontece todo ano o cada vez mais midiático Met Gala.
O baile de gala organizado pela editora Anna Wintour, da Vogue, toda primeira segunda-feira de maio, existe para angariar fundos para o Costume Institute, o departamento do museu dedicado à moda e aos figurinos, e que, todo ano, faz uma exposição temática. Mas, lá dentro, a maior atração é o Templo de Dendur, um templo egípcio autêntico instalado em uma sala envidraçada com vista para o Central Park. As galerias de arte egípcia, com múmias e sarcófagos, também é um dos grandes hits do Met.
Outra seção imperdível é a de armas e armaduras, com cavaleiros medievais em armaduras completas, cavalos revestidos e espadas imponentes. O restaurante do museu também é bem gostoso, vale um almoço no fim do passeio.
Endereço: Quinta Avenida, 1.000. Preço: a partir de US$ 30 (R$ 170); grátis para menores de 12 anos
Museum of Natural History
Este talvez seja o museu mais indicado para começar os passeios culturais de Nova York e transformar seu filho ou sua filha num amante tanto de arte, quanto de história e cultura. Com esqueletos completos de dinossauros em tamanho natural, sendo o mais impressionante o Tiranossauro Rex, o Salão dos Dinossauros é o cartão postal deste museu, mas não deixe de ir ao Salão de Vida Oceânica, que tem uma réplica de uma baleia-azul suspensa no teto.
O Rose Center for Earth and Space, que inclui o planetário Hayden, também emociona com apresentações sobre o universo e o modelo em escala do sistema solar. Além disso, os animais expostos em vitrines, assim como todos os hominídeos, desde o homem das cavernas até um bem parecido com todos nós. E tem um restaurante lindo e muito gostoso (como é costume nos museus nova-iorquinos, mas não conte com isso, o Madame Tussaud, por exemplo, não tem).
Endereço: 200 Central Park West. Preço: US$ 18 ou R$ 102 (crianças); US$ 30 ou R$ 170 (adultos)
The Sloomoo Institute
O “museu do slime” é uma verdadeira perdição. Mas, também, é quase uma covardia. Aliás, não vale botar o Sloomoo na lista de passeios culturais, esse passeio conta mais como uma experiência sensorial e interativa.
Com mais de 30 tipos de slimes com diferentes texturas, cores e aromas, proporciona uma imersão no mundo das gosmas em que é uma delícia botar as mãos. E os pés! O Lake Sloomoo, lago sloomoo, que fica lá dentro, permite que os visitantes caminhem descalços sobre 350 galões de slime.
Na frente, bem na vitrine, fica o “DIY Bar”, sigla para “do it yourself”, faça você mesmo, e cada participante pode criar seu próprio slime personalizado, escolhendo cores, fragrâncias e adereços, levando-o para casa como lembrança. Além disso, há atividades como estilingue de slime, espelhos interativos que transformam os visitantes em criaturas de slime virtuais e estações de relaxamento.
Endereço: 475 Broadway. Preço: a partir de US$ 36 (R$ 204)
Museum of Ice Cream
Bem pertinho do Sloomoo, no SoHo, fica o museu do sorvete, outro passeio que costuma deixar as crianças em êxtase, quase como se uma coisa tão legal assim não devesse existir. E, de novo, não é porque chama museu que vale botar na lista dos passeios culturais.
O espaço, quase todo cor de rosa, tem brinquedos e jogos interativos e sensoriais que celebram o universo dos sorvetes e toda sua delícia. Com 15 instalações temáticas, entre as quais as mais legais são, nessa ordem: a “Sprinkle Pool” — uma piscina de granulados coloridos —, um escorregador de três andares e o “Celestial Subway”, um metrô todo cor-de-rosa.
Durante a visita, os participantes podem experimentar diferentes sabores de sorvete. E os melhores cenários para fotos tão saborosas quanto os doces. Impossível sair de lá sem um sorriso, mesmo para quem a infância é só uma lembrança.
Endereço: 558 Broadway. Preço: a partir de US$ 39 (R$ 221)
Blick Art Materials
Uma das mais renomadas lojas de materiais artísticos dos Estados Unidos, com diversas unidades em Nova York.
Fundada em 1911, a empresa leva as crianças à loucura com todos os tipos de canetinhas, pinceis, lápis, tintas, papeis, telas, adesivos, tesouras, colas e mil outros badulaques. Se você tiver um pequeno artista em casa, então, combine o quanto ele ou ela pode gastar antes de chegar à loja, ou o que pode comprar, se não lá se vai o orçamento da semana.
A unidade mais aconchegante é a da Sexta Avenida, esquina com a 20th Street.
Pearl River Mart
Muito antes da invasão asiática, do cinema coreano, do k-pop, a loja Pearl River Mart celebra a cultura da Ásia em Nova York. Fundada em 1971 por um grupo de ativistas chineses, taiwaneses e de Hong Kong, a loja nasceu com o objetivo de promover o entendimento cultural durante um período de relações diplomáticas congeladas entre os EUA e a China.
Inicialmente localizada na Chinatown, a Pearl River virou um ponto de referência para quem busca produtos asiáticos autênticos e acessíveis. Lanternas de papel de todos os tamanhos, roupas tradicionais, petiscos curiosos como jiló frito, além de itens de papelaria, utensílios domésticos, objetos de decoração e uma galeria de arte que destaca artistas asiáticos e asiático-americanos.
Hoje está em dois endereços, no SoHo e no Chelsea Market, e é um dos maiores símbolos da diversidade cultural da cidade.
Endereço: 452 Broadway
Estátua da Liberdade
Esse é um passeio fundamental, além de muito divertido. Uma balsa sai de um porto bem ao sul de Manhattan, no Battery Park, onde se chega de metrô, de táxi ou a pé, aí navega uns bons 40 minutos até chegar à Liberty Island, uma ilhota desabitada onde fica a estátua que representa a liberdade e a esperança, um presente da França aos EUA dado em 1886. Ao desembarcar na ilha, os turistas podem explorar o pedestal, o museu interativo e aprender sobre a história e o significado do monumento.
Mas o mais divertido é subir, por uma escada que fica dentro da estátua, até a coroa no topo da cabeça (para isso, no entanto, é preciso fazer uma reserva com antecedência). De lá, a vista do porto de Nova York, e da linha que os prédios de Manhattan formam ao longe, é inesquecível.
Na volta, quem tiver interesse em saber mais sobre os imigrantes que chegavam a Nova York de navio, há uma parada opcional em Ellis Island, onde fica o museu da imigração.
Preço: US$ 69 ou R$ 391 (por adulto, no tour expresso); US$ 65 ou R$ 368 (por criança, no tour expresso)
Central Park
O Central Park é como uma Manhattan verde dentro de Manhattan, com tantas coisas, tantos segredos e atrações que é impossível ver tudo de uma vez. O maior parque da cidade, e um dos mais famosos do mundo, merece várias visitas.
Mas, para crianças, o ideal é chegar com algumas missões, senão a tentação de sair de lá e voltar para a cidade, onde lojas, docerias, restaurantes, luzes e todos os estímulos já inventados para que a gente compre uma coisinha é grande demais. Meus pontos favoritos são os pedalinhos do lago, ao lado do Loeb Boathouse, que só ficam lá no verão, ou a pista de patinação no gelo Wollman Rink, esta só no inverno.
E, em qualquer estação, vale conhecer o antigo carrossel e dar pelo menos uma volta de charrete, com aqueles cavalos com patas peludas. Botar uma toalha na grama e fazer um picnic é sempre um hit, assim como subir nas pedras gigantes que viram mirantes naturais da cidade
F.A.O.
É uma das lojas de brinquedos mais famosas e lindas do mundo, e recomendo fortemente que seja um passeio feito com regras e nos últimos dias, ou o orçamento da viagem vai para o espaço. Fundada em 1862 por Frederick August Otto Schwarz, ficou instalada, durante décadas, no número 767 da Quinta Avenida, bem na pontinha do Central Park, na frente de outro destino tradicional de turismo, o The Plaza Hotel.
Seu ambiente ultra luxuoso e mágico fica para sempre eternizado na memória de quem a visita. Uma cena fundamental do filme “Big: Quero Ser Grande” se passa lá, com Tom Hanks tocando “chopsticks” no piano gigante com os pés. Em 2015, a loja foi fechada devido ao alto custo do aluguel.
Em 2018, reabriu no Rockefeller Center, com mil inovações como experiências sensoriais, apresentações de funcionários fantasiados, personalização de bonecas, máquina para fazer seu próprio urso de pelúcia, com coração que bate e mil opções de roupas, além de carrinhos de doces, drones de brinquedo e, claro, está lá o famoso enorme piano interativo.
Endereço: 30 Rockefeller Plaza