A OpenAI recorreu de decisão sobre um processo de direitos autorais movido pelo jornal The New York Times que exige que a empresa de inteligência artificial preserve por tempo indefinido as respostas geradas pelo ChatGPT, argumentando que essa exigência entra em conflito com o compromisso de privacidade junto aos usuários.
No mês passado, um tribunal dos EUA determinou que a OpenAI deveria preservar e separar todas as respostas depois que o Times pediu que esses dados fossem mantidos.
“Lutaremos contra qualquer exigência que comprometa a privacidade de nossos usuários; esse é um princípio fundamental”, disse o CEO da OpenAI, Sam Altman, em uma publicação no X na quinta-feira (5).
“Acreditamos que isso [a exigência do Times] foi inadequada e estabelece um precedente ruim.”
Segundo processo judicial, um pedido ao juiz distrital Sidney Stein para anular a ordem de preservação de dados emitida em maio foi feito em 3 de junho.
Procurado pela agência Reuters, o New York Times se recusou a comentar.
Em 2023, o jornal processou a OpenAI e a Microsoft, acusando-as de usar milhões de seus artigos sem permissão para treinar o modelo de linguagem por trás do seu popular chatbot.
Stein afirmou, em uma decisão judicial de abril, que o Times apresentou um caso plausível de que a OpenAI e a Microsoft induziam os usuários a violar direitos autorais do jornal.
O parecer explicou uma decisão anterior que rejeitava partes de uma moção da OpenAI e da Microsoft para encerrar o processo, dizendo que os exemplos “numerosos” e “amplamente divulgados” de respostas do ChatGPT que reproduziam conteúdo dos artigos do Times justificavam a continuidade do caso.