A neta do presidente Lula (PT), Maria Beatriz Lula, publicou um vídeo nas redes sociais debochando da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (4).
Em publicação na terça (5), Bia Lula afirmou que o ex-presidente e seus filhos eram uma “família unida na trabalhada”.
“O homem não consegue ficar quieto. Coloca os pés pelas mãos o tempo todo. Agora tá lá. Em casa, de tornozeleira, sem celular… Parabéns, campeão”, disse.
A influenciadora também criticou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que em março se licenciou da Câmara dos Deputados para viajar aos Estados Unidos em busca de punições a Moraes e uma anistia aos presos pelos atos do 8 de Janeiro.
“E o Eduardo, hein? Se licenciou da Câmara para ajudar o pai e só piorou tudo. Gastou R$ 2 milhões fazendo lobby nos Estados Unidos. E o resultado? O pai preso. E ele com os bens bloqueados. Sucesso total”, diz Bia no vídeo.
“E o Flávio? Ligou o celular para o pai falar com os apoiadores num ato público e foi genial, né? Só que não. O pai estava proibido de usar celular. Resultado? Descumpriu a medida cautelar e foi preso”, segue.
“Quem não sabe o que está fazendo, é melhor ficar quieto. Mas a família Bolsonaro não aprende.”
No mesmo dia da publicação, Lula disse durante evento em Brasília que não gostaria de falar sobre Bolsonaro para priorizar conversas sobre o Brasil.
“Acho que hoje é um dia de dar boas notícias. Vim comprometido a não falar muito da taxação, mas tenho que falar porque também, se eu não falar, vocês vão dizer ‘por que Lula não falou? medo do Trump?’. Também não quero falar do que aconteceu com aquele outro cidadão, que tentou dar o golpe…quero falar é do país”, declarou durante reunião do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável), o chamado Conselhão, órgão responsável por assessorar o presidente da República nas decisões do Executivo.
O Palácio do Planalto tem orientado integrantes do governo a adotarem uma reação discreta à prisão de Bolsonaro.
O ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência, Sidônio Palmeira, procurou colegas na segunda-feira (5) para recomendar uma postura de cautela com o objetivo de não alimentar o que seria um discurso de vitimização do ex-presidente nem impulsionar a narrativa propagada por aliados do ex-presidente de que ele é perseguido politicamente.
Essa também foi a orientação dada a integrantes do governo que procuraram Sidônio buscando recomendações.