Dois homens suspeitos de invadir a casa onde vive avós e mãe do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em Resende (RJ), foram presos nesta sexta-feira (29), de acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O crime ocorreu em 24 de agosto e é tratado como roubo qualificado. As prisões ocorreram no bairro Paraíso, em Resende.
A informação foi divulgada neste sábado (30) pela polícia. Os nomes dos suspeitos não foram informados à imprensa.
A polícia suspeita que, além dos dois presos, outras três pessoas estão envolvidas no crime. As investigações seguem em andamento.
Segundo os investigadores, por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível identificar as características dos veículos utilizados pelos suspeitos.
“Foi realizado o acompanhamento e monitoramento dos veículos, sendo possível afirmar a participação na ação de ao menos cinco bandidos”, disse a polícia, em nota.
“Diligências ocorreram também no estado de São Paulo, a fim de verificar o trajeto tomado pelos criminosos após o roubo. A partir disso, foi possível definir que os autores utilizaram no dia do crime placas furtadas, que foram posteriormente inutilizadas e substituídas por placas originais”, continua.
Um dos veículos utilizados na ação foi apreendido nesta sexta. Também foram apreendidos um revólver, munição, simulacro de pistola, toucas ninjas e celulares.
A polícia também disse que foram recuperados bens roubados das vítimas.
Rogéria Nantes é mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) além de Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL).
Neste sábado, o senador comentou a prisão dos suspeitos em uma rede social e elogiou o trabalho da polícia. Na mesma postagem, atacou o presidente Lula (PT): “Diferente do grupo especial de Lula na PF, a polícia do Rio de Janeiro vai atrás de bandido de verdade!”.
Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar e será julgado por tentativa de golpe de Estado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima terça-feira (2).
Flávio ainda disse que o crime na casa da sua mãe soa “muito estranho” e, sem provas, acrescentou que “tenho a convicção de que não foi um simples assalto, mas as investigações é que dirão”.
No dia do crime, o senador afirmou nas redes sociais que “foi mais de uma hora de terror, com arma na cabeça e boca tampada com fita adesiva”. “Reviraram a casa inteira. Como não havia dinheiro, levaram alguns anéis e fugiram roubando o carro do meu avô”, escreveu Flávio.
