A abertura do Encontro Nacional do PT, em Brasília, teve um manifesto pró Palestina, com participação do embaixador do território, Ibrahim Alzeben, declarações contra Israel e um forró em defesa da taxação dos mais ricos. O evento está sendo realizado nesta sexta-feira (1), e vai até domingo (3).
“Solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu”, afirmou o manifesto lido pelo presidente do PT, senador Humberto Costa.
O embaixador palestino, que participou do ato, agradeceu ao partido. Alguns petistas vestiam keffiyehs, o famoso lenço palestino. A plateia, formada por integrantes do partido, gritou contra o Estado israelense. “Estado de Israel, Estado assassino! E viva a luta do povo palestino!”, diziam as palavras de ordem.
O partido também exibiu um clip com um forró a favor da taxação dos setores mais ricos da sociedade e do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda. A legenda tem chamado o tema de “Taxação BBB”, em referência a bilionários, bancos e bets.
O assunto também foi mencionado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Eu tenho certeza que essa divisão é artificial”, disse ele, em referência à polarização política entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A divisão que existe mesmo é 99% de um lado e 1% do outro, não 50% a 50%”, afirmou, em uma menção à concentração de renda do país.
Também foi exibido um vídeo que explora associação do bolsonarismo ao tarifaço de Donald Trump. “Patriotas? Batem continência para outra bandeira. Bajulam Trump”, diz a peça, que exibe imagens de integrantes da família Bolsonaro e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
“Essa bandeira não é adereço, não é figurino de traidor. É símbolo de um país que trabalha. Defenda o Brasil”, afirma o vídeo. Como mostrou a Folha, o PT está disputando símbolos nacionais com o bolsonarismo.
Ao anunciar as tarifas contra o Brasil, Trump associou a medida ao julgamento de Bolsonaro. Um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, está nos Estados Unidos tentando jogar a opinião pública e o governo do país contra as autoridades que julgam seu pai no Brasil.
Lula não compareceu ao encontro do partido. A participação do chefe do governo está prevista para domingo, dia em que o presidente eleito do PT, Edinho Silva, tomará posse no cargo.
Além de Haddad, também participam do ato ministros como Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Líderes petistas famosos eram tietados por alguns dos presentes. Um dos mais requisitados era o ex-ministro e ex-presidente do partido José Dirceu.
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