A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma que é uma “peça política” o relatório da Polícia Federal que aponta risco de fuga do ex-presidente e possíveis descumprimentos de medidas cautelares, como uso das redes sociais.
Em manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), os advogados dizem que o relatório causa espanto e tem o objetivo de desmoralizar Bolsonaro ao expor diálogos privados.
“Mas o objetivo, convenhamos, foi alcançado: manchetes no Brasil e no exterior anunciando que o ex-presidente planejou uma fuga. Nada mais falso, mas nada mais impactante, sobretudo há (sic) pouco mais de 10 dias do julgamento”, afirma a manifestação do ex-presidente.
O documento é uma resposta da defesa de Bolsonaro ao relatório da PF que indiciou o ex-presidente e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos crimes de coação e abolição do Estado democrático de Direito.
Na quarta-feira (20), Moraes deu 48 horas para a defesa do ex-presidente explicar os possíveis descumprimentos de medidas cautelares, além de uma minuta de pedido de asilo político direcionada ao presidente da Argentina, Javier Milei.
A defesa de Bolsonaro ainda criticou a exposição de diálogos privados em que Eduardo critica o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em discussões sobre as eleições de 2026, e xinga o pai devido a uma entrevista em que o ex-presidente chamou o deputado de imaturo.
“O relatório quis destacar o peticionário falando de pesquisas de intenção de votos, seu filho criticando o outro pré-candidato, os desencontros de opiniões e mesmo a briga —íntima e privada— entre pai e filho. Tudo muito prontamente publicizado e publicado”, afirma a resposta a Moraes.
“Nada disso deveria importar no relato sobre a investigação”, dizem ainda os advogados do ex-presidente.
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