Em dez dias como prefeito interino de São Paulo, o coronel Ricardo Mello Araújo (PL) tirou do papel a transformação de um trecho da área sob o elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, em um bolsão de estacionamento gratuito, enquanto Ricardo Nunes (MDB) ainda estudava a possibilidade de implementar um jardim.
A instalação do bolsão, de acordo com ele, é um projeto piloto e com o objetivo de combater o acúmulo de lixo no canteiro da avenida, que é ocupado por moradores em situação de rua com suas barracas, colchões e animais.
“Pode ver no meu Instagram, a população da região está gostando”, afirmou o coronel ao Painel.
A intervenção, que ficou pronta nesta quarta-feira (30), vinha sendo planejada desde 19 de março com participações da Subprefeitura da Sé, Secretaria de Transportes e CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Ao optar pelo bolsão, Araújo diz que não foi preciso conversar com Nunes. “O prefeito está a par de tudo, ele chegou a defender a ideia de fazer um jardim, assim como tem outras possibilidades, mas optamos pelo bolsão de estacionamento”, afirma.
“O Minhocão tem 3,4 quilômetros, fizemos um piloto em menos de 100 metros. É insignificante em termos de obra, e o Ricardo está do outro lado do planeta, atrás de coisas importantes para a cidade. Não é nenhuma catástrofe para eu ter que atrapalhar o prefeito”, completa o coronel.
Nunes deverá voltar do Japão nesta quinta-feira (1º).
Em dez dias à frente do Executivo, o coronel também exonerou três funcionários lotados na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e admitiu que não consultou o prefeito.
Entre os dispensados está o secretário-executivo de Segurança Alimentar, Carlos Eduardo Batista Fernandes, nomeado por Nunes para administrar o Armazém Solidário.
Procurado pelo Painel, Nunes não respondeu.
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