Ruy Castro ensina escrita de não ficção na CasaFolha – 28/05/2025 – Poder

O escritor e jornalista Ruy Castro estreia nesta quinta-feira (29) na CasaFolha, a plataforma de streaming com cursos exclusivos lançada pela Folha. Autor das biografias de Garrincha e Carmen Miranda, entre outros sucessos, ele ensina técnicas para a escrita de não ficção em 16 aulas já disponíveis no site casafolhasp.com.br.

Com mais de 50 livros publicados, Ruy Castro é imortal da Academia Brasileira de Letras, entidade que também lhe entregou o prêmio Machado de Assis pelo conjunto da obra. Sua estante ainda tem outros troféus, como o prêmio Esso de Literatura, o prêmio Nestlé de Literatura e seis estatuetas do prêmio Jabuti, espécie de Oscar brasileiro da escrita.

Suas aulas na CasaFolha estão no núcleo de “Comunicação e Criatividade”, que já conta com outros nomes consagrados, como o também escritor Itamar Vieira Junior, autor de “Torto Arado”, e o cineasta José Padilha, diretor de “Tropa de Elite” e “Narcos”.

Com a estreia de Ruy Castro, a CasaFolha chega a 23 cursos exclusivos ministrados por grandes personalidades, como a chef Helena Rizzo, que fala sobre técnicas culinárias para usar em casa, o ex-ministro Pedro Malan, que explica como analisar a economia, a Monja Coen, que ensina meditação, e a triatleta Fernanda Keller, que aborda a superação de limites.

Todas as aulas podem ser acompanhadas por membros da CasaFolha. É possível se vincular à plataforma pelo endereço casafolhasp.com.br/assine. A assinatura, com desconto promocional de 67%, sai por R$ 19,90 por mês no plano anual (R$ 59,90 sem a promoção) e inclui acesso ilimitado a todas as notícias da Folha no site e no aplicativo para celular e tablet.

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Nas aulas de Ruy Castro, ele ensina o passo a passo para escrever livros de não ficção. Ele fala desde a rotina do escritor até a participação na divulgação da obra, passando por todas as etapas entre uma coisa e outra: projeto, pesquisa, truques para entrevistas, organização do material, técnicas para melhorar o texto, edição, seleção de imagens, título.

Em uma de suas lições, ele afirma sobre as obras de não ficção: “Você tem três cláusulas pétreas a obedecer: a clareza, a objetividade e a verdade”.

Escritor profissional desde o final dos anos 1980, quando deixou a Redação dos jornais para se dedicar aos livros, Ruy Castro conta na CasaFolha que sua carreira informal, por assim dizer, começou muito tempo antes.

“O que é ser escritor? Se o escritor é aquele que trabalha com as palavras, eu posso dizer que sou escritor desde os quatro anos e meio, quando aprendi a ler”, diz. “Eu me apaixonei pelas palavras naquele exato momento e nunca mais vivi longe delas.”

Mas ele não sonhava em escrever livros. Queria trabalhar em jornal, e foi o que fez —”sempre tive o maior orgulho de ser jornalista”, afirma o biógrafo, que é colunista da Folha.

Quando tinha 40 anos, contudo, começou a pensar em pautas que não caberiam nos diários nem nas revistas semanais. Uma delas era a história da bossa nova. Não teve dúvidas: entrou em contato com a Companhia das Letras, à época recém-nascida, e falou de sua ideia. “Ela foi aceita, eu comecei e, até hoje, não pude mais parar”, conta o autor de “Chega de Saudade”.

Hoje com 77 anos, ele se prepara para mais um lançamento: “Trincheira Tropical”, pela mesma Companhia das Letras, já está em pré-venda. O livro fala sobre o impacto da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro, cobrindo a década de 1935 a 1945.

“É um privilégio você ter dois, três, cinco anos para mergulhar na vida de uma pessoa, ou na vida de uma época, atrás de um tema”, diz na CasaFolha. “Qual é o fascínio de uma biografia? Você abre uma porta, você passa por uma porta; o passado está lá, te esperando, e ele vai acontecer de novo —só que, agora, aos seus olhos. Não pode haver experiência mais maravilhosa do que essa.”

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