Presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e ex-interventor na segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli (PSB) pretende disputar o governo do DF com o apoio de vários partidos políticos, inclusive a centro-direita, desde que sejam contra o “projeto que está hoje no Palácio Buriti”.
Cappelli já tem feito em suas redes sociais críticas à gestão de Ibaneis Rocha (MDB), que deve indicar a vice, Celina Leão (PP), à sua sucessão.
O presidente da ABDI diz que, no Distrito Federal, a eleição não seguirá a lógica “direita versus esquerda”.
“O Distrito Federal tem características de governo e de prefeitura. O que vai unir aqui não é a identidade ideológica, e sim a capacidade de forças até mesmo diferentes se unirem em torno de um projeto diferente do que está hoje no Palácio Buriti”, afirma Cappelli, argumentando que essa frente ampla teria esquerda, centro e até centro-direita.
Além de não apoiar o governo Ibaneis, outro fator que contará no arco de aliança é que o partido não seja de “extrema direita”, afirma Cappelli. “Nós temos que montar uma frente popular, democrática, que cabe todo mundo”, diz.
O presidente da ABDI diz estar conversando com o PT, que, em 25 de julho, filiou o presidente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Leandro Grass —que foi derrotado por Ibaneis na disputa pelo governo do DF em 2022.
“Eu converso com o PT. O Leandro é um quadro importante. Agora eu recebi aqui também o [ex-deputado federal Geraldo] Magela, que também é candidato. Então veja, quem é o candidato do PT? Ainda não houve anúncio”, diz Cappelli.
“O Leandro se filiou ao PT. Você viu alguma declaração de algum dirigente do PT dizendo que ele é o candidato do PT a governador? Então vamos esperar, está longe ainda, muita coisa vai acontecer”, afirma.
Cappelli também vê espaço para que o presidente Lula (PT) tenha crescimento na votação no Distrito Federal—em 2022, o petista teve 41,19% dos votos válidos no segundo turno.
“Ele tem tudo para crescer no Distrito Federal. Agora, a gente tem que fazer o que eu tenho feito, conversar com o povo”, diz. “É falsa a ideia de que o Distrito Federal foi para a direita. Nós temos que conversar com o povo. O problema é que o campo democrático se afastou do povo. Eu estou convencido de que se a gente for conversar com o povo, nós vamos dar ao presidente Lula a vitória aqui no Distrito Federal.”
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