Partidos governistas protocolaram nesta quinta-feira (7) representação na qual pedem a suspensão por seis meses de cinco deputados bolsonaristas por “tomada de assalto e sequestro coordenado” da Mesa Diretora da Câmara, impedindo o início da sessão legislativa.
Os textos foram elaborados pelo PT, PSB e PSOL. Os alvos são os deputados Júlia Zanatta (PL-SC), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Zé Trovão (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
As representações citam o fato de alguns dos parlamentares terem participado da ocupação forçada da Mesa Diretora do Plenário Ulysses Guimarães, “impedindo e restringindo o funcionamento da sessão legislativa ordinária da Câmara dos Deputados.”
No caso de Bilynskyj, ele também é acusado de ocupar a Mesa da Comissão de Direitos Humanos e de agredir o jornalista Guga Noblat. Zé Trovão, por sua vez, teria impedido fisicamente a subida do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Em relação a Van Hattem, os partidos citam o episódio em que ele impediu Motta de se sentar, o que, dizem, “caracteriza grave desrespeito à figura do deputado, à autoridade do presidente” e usurpação de função pública.
Sobre Júlia Zanatta, é mencionado que a deputada participou da ocupação da Mesa da Câmara com um bebê no colo, o que configuraria o “uso explícito da criança como ‘escudo'”. “A representada foi objeto de múltipla denúncia mediante acionamento formal do Conselho Tutelar por conta da exposição da criança a um ambiente de instabilidade, tensão institucional e risco físico, o que viola o princípio da proteção integral previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).”
A representação contra Pollon lembra que ele sentou-se na cadeira de Motta, o que também caracterizaria usurpação de função pública. “O ato, com uso da força física, representou interferência direta na autoridade da Presidência da Casa e no funcionamento legítimo dos trabalhos parlamentares”, escrevem.
Os textos são assinados pelo líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), pelo líder do PSB, Pedro Campos (PE), e pela líder do PSOL, Talíria Petrone (RJ).
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