A Secretaria de Relações Internacionais do PT e a presidência da Fundação Perseu Abramo traduziram para inglês, espanhol, francês e mandarim um material no qual defendem a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e criticam o americano Donald Trump.
O objetivo, afirmam, é auxiliar no entendimento da comunidade internacional sobre o caso, diante do início do julgamento de Bolsonaro, nesta terça-feira (2). O material será distribuído para formadores de opinião, jornalistas, movimentos sociais e sindicais do exterior.
O documento, de dez páginas, diz que Bolsonaro é acusado de participar de uma organização criminosa para abolir o Estado Democrático de Direito no país. Também defende a atuação do STF, afirmando que a corte assegurou um julgamento justo e que está esperando as alegações finais das defesas dos réus para dar seu veredicto.
O material afirma que Bolsonaro e seu filho Eduardo conspiraram com aliados do presidente americano para tentar chantagear o Judiciário e o governo brasileiro.
Além disso, cita o grupo secreto Copa 2022 e o plano Punhal Verde Amarelo, ambos com objetivo de assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em outro trecho, o documento diz que os ataques de 8 de Janeiro marcaram “o capítulo final de uma trama em andamento para derrubar o governo”.
O material afirma ainda que é falso dizer que Bolsonaro é vítima de uma perseguição política. “Também é irresponsável seu aliado Donald Trump chamar isso de ‘caça às bruxas’. O processo legal está se desenrolando estritamente de acordo com o devido processo legal”, diz.
Em outro ponto, diz que em vez de reunir provas em sua defesa, o ex-presidente encabeçou protestos contra o sistema eleitoral, o STF e seus ministros, ameaçou o Congresso para pressionar pela anistia e chegou a enviar Eduardo Bolsonaro “aos Estados Unidos para conspirar com aliados de Trump por uma intervenção externa no sistema judicial brasileiro”.
O texto cita as sanções impostas pelo governo americano aos ministros do STF e especificamente a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky e afirma que a medida confirma “a conspiração externa contra o Judiciário brasileiro”.
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