Twocents, rede social que troca nome por patrimônio dos usuários
Divulgação/Twocents
Uma nova rede social parecida com o X não quer ter acesso a dados como nome, e-mail e telefone de usuários. Em vez disso, seu objetivo é incentivar membros a informarem seu patrimônio, que funciona como o identificador do perfil.
Batizada de Twocents, a rede social troca o famoso “@” do nome de usuário pelo “$”, que mostra quanto dinheiro a pessoa tem em contas bancárias, ativos em empresas de investimento e criptomoedas.
A rede social está em fase de testes com usuários selecionados desde que foi lançada, em dezembro de 2024. Hoje com 1.400 pessoas cadastradas, ela deve ficar disponível para todos até o final do ano, segundo o jornal New York Post.
No Twocents, os usuários podem conversar dentro de tópicos, que funcionam como as comunidades do antigo Orkut. Além disso, é possível votar para favorecer algumas postagens e comparar seu dinheiro com o de outras pessoas.
E o patrimônio aparece em toda a rede social. Nas enquetes, por exemplo, a fortuna média de quem votou em cada opção é destacada ao lado do número de votos que elas receberam.
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Os usuários do Twocents podem informar qualquer valor como patrimônio, mas só são verificados após vincularem suas contas bancárias à plataforma. A rede social diz que é possível confirmar a informação sem identificar o dono de um ativo.
Mais de US$ 150 milhões (R$ 820 milhões) já foram vinculados pelos primeiros cadastrados no Twocents, de acordo com o New York Post.
A maior fortuna verificada na plataforma é de US$ 16 milhões (cerca de R$ 90 milhões), mas há outros perfis com valores maiores que ainda não foram confirmados.
O fundador da Twocents, Andi Duro, diz que pretende ampliar os tipos de bens que usuários podem cadastrar, incluindo imóveis, participações em startups e veículos de luxo.
A rede social também deve permitir informar dívidas, como financiamento de imóveis, empréstimos estudantis e gastos com cartões de crédito.
A ideia, segundo o criador da plataforma, é oferecer uma “transparência radical” para os usuários, que costumam usar a rede social para conversar não só a respeito de dinheiro, mas também de política, relacionamentos e carreira.
“Queremos conectar pessoas ricas a pessoas inteligentes”, disse Andi Duro ao New York Post. “Muito da vergonha desaparece quando você sabe que todos na sala estão na mesma posição”.
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