Natural de Ribeirão Preto, São Paulo, Carla Zambelli Salgado de Oliveira nasceu em 3 de julho de 1980. Formada em planejamento empresarial, ela tem um filho, João Hélio. Em 2020, casou-se com o coronel Aginaldo Oliveira
Zambelli virou ativista política em 2011, quando fundou o Nas Ruas —movimento que nasceu, segundo ela, defendendo pautas como a lei da Ficha Limpa e o fim do foro privilegiado
Ela ficou conhecida em 2015, quando esteve à frente de atos que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que havia sido reeleita no ano anterior, desbancando Aécio Neves (PSDB)
Em julho de 2012, ela foi vista em uma manifestação com integrantes do Femen, mas nega vínculo com o grupo feminista fundado na Ucrânia. Ela afirmou estar apoiando uma pauta contra turismo sexual e prostituição infantil
Zambelli trabalhou em empresas como KPMG e Terco Grant Thornton, e chegou a receber R$ 17 mil por mês. Para concorrer à Câmara em 2018, ao TSE ela declarou um patrimônio de R$ 35,7 mil
Em 2017, chegou a receber voz de prisão da polícia legislativa por xingar o deputado Paulo Pimenta (PT). Depois do ocorrido, ela resolveu disputar uma vaga na Câmara dos Deputados
Ela também foi obrigada, pelo 3º Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro, a indenizar o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) em R$ 40 mil, acusada de associar Wyllys a atos de pedofilia
Bolsonarista convicta, Carla publicou o livro “Não Foi Golpe – Os Bastidores da Luta nas Ruas” pela editora LVM. Ao ser eleita deputada federal em 2018, escolheu o gabinete 482, ocupado por Jair Bolsonaro durante sete mandatos
Durante a pandemia de Covid-19, Zambelli apoiou as ações e falas de Bolsonaro, como pedidos para acabar com o lockdown e a divulgação de cloroquina contra a doença
Defensora da liberação de armas de fogo, ela perseguiu o jornalista Luan Araújo, na véspera do segundo turno da eleição de 2022, com um revólver em punho nos arredores da Avenida Paulista
No dia seguinte, ela foi reeleita deputada federal por São Paulo com 946.244 votos. Durante sua campanha, criticou as pesquisas eleitorais e as urnas eletrônicas, pedindo voto impresso
Em janeiro de 2025 o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) a condenou devido a desinformação eleitoral em 2022 e ordenou a cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos
Em março do mesmo ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para condená-la na ação penal em que ela foi acusada de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, pela sua atitude na véspera da eleição em 2022
Em maio, Zambelli também foi condenada por invadir, junto com o hacker Walter Delgatti Neto, o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserir documentos falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão
No começo de junho de 2025, Zambelli deixou o país rumo à Itália para escapar da prisão. Isso levou a PGR (Procuradoria-Geral da República) a pedir sua prisão preventiva, o bloqueio de seus bens e a inclusão de seu nome na lista da Interpol
Em 29 de julho de 2025, Zambelli foi presa em Roma em uma ação da Polícia Federal brasileira em parceria com policiais italianos após o deputado italiano Angelo Bonelli descobrir sua localização e acionar as autoridades
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