O silêncio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário da Fazenda e Planejamento, Samuel Kinoshita, tem incomodado aliados e funcionários da pasta, que está sob investigação em decorrência da operação Ícaro. O caso levou à prisão do empresário Sidney Oliveira, da Ultrafarma.
Servidores dizem que esperavam tanto de Tarcísio quanto de Kinoshita um posicionamento, sobretudo em defesa da secretaria.
Até o momento a operação prendeu os auditores Artur Gomes da Silva Neto, apontado como principal operador de um esquema de propinas, e Marcelo de Almeida Gouveia. Segundo a investigação, houve movimentação de R$ 1 bilhão de propina para os servidores da Fazenda e Planejamento.
Sob reserva, um funcionário da secretaria diz que, internamente, Kinoshita mantém discrição e não fez nenhuma explanação sobre o caso.
À Folha, a assessoria da Secretaria da Fazenda não comentou a insatisfação dos servidores.
A pasta diz que instaurou procedimento administrativo disciplinar e formou um grupo de trabalho que fará uma varredura em todos os pedidos de ressarcimentos feitos pelas empresas investigadas, a Ultrafarma e a Fast Shop.
A coluna também questionou a secretaria de Comunicação se Tarcísio deverá se manifestar sobre o escândalo, mas não obteve respostas até a publicação deste texto. Tarcísio designou ao seu vice Felício Ramuth (PSD) para se inteirar de todos os processos na pasta de Kinoshita.
Aliados do governador vão insistir no discurso de que o esquema começou em 2021, ainda na gestão de João Doria (ex-PSDB).
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