É cedo para dizer que Trump não causará mais problemas ao Brasil, mas o líder americano já não parece disposto a nos causar problemas por causa de Jair Bolsonaro.
Na sexta-feira (12), o governo Trump retirou Alexandre de Moraes e sua esposa da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. Jair continua em cana.
A dupla de palhaços Bananinha e Pauleta havia prometido para Trump uma vitória fácil e barata no Brasil. Segundo a cascata que vendiam, a população brasileira estava prestes a se revoltar contra Lula e o STF porque acreditava que a eleição de 2022 havia sido roubada. Em 2022, diziam, Jair teria tentado se rebelar contra isso, sem, entretanto, conseguir apoio do governo Biden. Se Trump acendesse a fagulha, mentiam Bananinha e Pauleta, o Brasil explodiria em uma revolta que instauraria em Brasília um governo 100% dócil diante dos Estados Unidos.
Alguns meses bastaram para Trump perceber que tudo isso era mentira. Após as sanções americanas, a popularidade de Lula subiu. O candidato favorito da direita, Tarcísio de Freitas, sofreu um duro baque por ter apoiado o tarifaço. O efeito sobre a economia brasileira foi pequeno: o Brasil não é um país desenvolvido, mas certamente é desenvolvido o suficiente para não depender de um mercado só. Lula pode ter muitos defeitos, mas não é bundão.
Nada disso teria acontecido se o cenário descrito por Bananinha e Pauleta tivesse qualquer base na realidade.
Sem a perspectiva de uma vitória fácil e barata, Trump deixou o Brasil de lado e concentrou sua atenção em um país onde a eleição foi mesmo fraudada, a suprema corte é mesmo aparelhada pelo bolivarianismo, e a população realmente está insatisfeita: a Venezuela.
Mas notem bem: mesmo na Venezuela, Trump hesita. A vitória militar sobre Maduro seria fácil, mas a reconstrução da Venezuela seria cara.
Segundo episódio de 23 de outubro do podcast The Daily, do New York Times, Trump parecia propenso a aceitar um acordo em que Maduro entregasse o petróleo venezuelano aos americanos para evitar a guerra.
Entretanto, teria sido convencido pelo secretário de Estado, Marco Rubio, de que um acordo com o líder venezuelano seria politicamente desastroso: a comunidade latina na Flórida, onde há muitos exilados de ditaduras de esquerda, abandonaria Trump. Os deputados republicanos do estado sequer votariam a favor de sua proposta orçamentária.
Trump não precisa se preocupar com o voto dos exilados da ditadura brasileira na Flórida porque, enfim, não há ditadura no Brasil. A “comunidade no exílio” de Bananinha, Pauleta e Allan dos Santos são só os criminosos fugitivos do golpe fracassado de 2022.
Todos têm que ser presos. Não porque o Brasil seja uma ditadura, mas porque o Brasil é uma democracia que sabe se defender de seus inimigos, inclusive dos que conseguem enganar superpotências por algum tempo.
A democracia brasileira ganhou sua queda-de-braço com a superpotência. Mas continua ameaçada pelos bolsonaristas, que tanto conspiraram contra o Brasil. Hoje vivem de transfusões de sangue do centrão, de quem são sócios em roubalheiras variadas. Ano que vem pretendem ganhar o Senado para organizar nova investida contra nossa democracia, sabe-se lá do lado de qual país estrangeiro.
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